sobrevoo os infernos
da minha insatisfação
com asas de monóxido
e penas cozidas a tédio
lagos angustiados e fomes predadoras
vagueiam nos meus infernos
alimentados por tetas de frustração
e pelas coisas que nunca fiz
são silêncios sepulcrais
nascidos das lágrimas
da dor que criei e sofri
no entanto sobrevoo
e existem sorrisos mágicos em cada nuvem de opio
e em cada pele sonhadora pressinto uma salvação desgarradora
nem que seja mentira e que o meu corpo arda
sobre-vivo
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