afundo-me na obscuridade
viajando sem cessar
para um sitio inóspito
donde as almas cantam requiem's
donde os sorrisos terminam
em gélidas decepções
viajo a toda velocidade
numa vigília incansável
donde se esquecem os sonhos
e a realidade é um suor sujo
me afundo nestas montanhas
povoadas de lobos famintos
casas de espelhos sombrias
e cálices vazios
mas levo-me a mim
num sopro
e sei-me incessante

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